Imunoterapia no câncer de pulmão: avanços e novas abordagens terapêuticas

Redação GBOT

21 de abril de 2025

08:00

A imunoterapia para câncer de pulmão reforça as defesas naturais do corpo e apresenta bons resultados na destruição das células cancerígenas.

Diferente da quimioterapia que ataca diretamente as células cancerígenas, porém, acaba eliminando também as saudáveis, esse novo modelo de tratamento é voltado a estimular o sistema imunológico do paciente.

Um dos principais causadores dessa doença é o tabagismo, no entanto, de acordo com um estudo realizado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, pessoas que nunca fumaram estão desenvolvendo esse problema, estima-se que a poluição do ar pode ser a principal causa desse fenômeno.

Além do cigarro e da poluição atmosférica, outros fatores também colaboram para essa situação, tais como:

● fumo passivo,

● exposição a substâncias tóxicas,

● histórico de infecções pulmonares crônicas,

● fatores genéticos,

● hereditariedade.

Outra informação que merece atenção é que a incidência de câncer de pulmão diminui entre os homens desde a década de 1970, no entanto, o mesmo não acontece com as mulheres, onde ao contrário, as taxas aumentaram.

Neste post, apresentaremos a imunoterapia, uma nova abordagem terapêutica que traz esperança e apresenta bons resultados no combate a essa doença. Continue a leitura e conheça detalhes a esse respeito!

Mecanismos de ação da imunoterapia e resultados observados

A imunoterapia consiste na infusão de drogas pelo sangue que não combatem diretamente as células cancerígenas.

No entanto, elas acionam as células de defesa do organismo, fazendo com que estas ataquem as tumorais.

É importante lembrar que as células malignas aprendem a esquivar-se do sistema imunológico, possibilitando que ocorra o desenvolvimento do tumor, porém, o desenvolvimento de medicamentos e sua aplicação vem oferecendo uma alternativa mais eficaz quando comparada aos métodos tradicionais.

Além de uma melhora na sobrevida global, observam-se resultados positivos na qualidade de vida, onde os efeitos colaterais são menores do que aqueles observados nos tratamentos que envolvem a quimioterapia.

Avanços e aprovações recentes na imunoterapia para o câncer de pulmão

Imunoterapia no câncer de pulmão: avanços e novas abordagens terapêutica

 

O que se observa é que a imunoterapia trouxe avanços significativos nas abordagens terapêuticas e a aprovação recente do seu uso apresenta resultados positivos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no ano de 2019, o uso de inibidores de checkpoint para o tratamento de câncer de pulmão de células não-pequenas.

Até aquele ano, o tratamento com medicamentos voltados ao acionamento das células de defesa eram aprovados apenas em casos onde houvesse uma associação com a quimioterapia ou como monoterapia em pacientes com expressão de PDL-1 ≥ 50% baseado no estudo KEYNOTE-024.

Em setembro de 2020, a Anvisa também aprovou a imunoterapia para o tratamento do câncer de pulmão de células pequenas com doença extensa.

O benefício obtido em sobrevida global é uma realidade a partir de tratamentos imunoterápicos e quimioterapia, portanto, a taxa de resposta recomenda o uso do regime combinado.

Desafios e perspectivas futuras para a imunoterapia na oncologia torácica

A imunoterapia é indicada para pacientes em estado avançado de câncer de pulmão, essa é uma ferramenta importante na oncologia torácica.

Esse tratamento apresenta bons resultados quando outros não tiveram êxito e, mais do que isso, pode fazer parte de processos combinados no combate às células cancerígenas, sejam elas pequenas ou não-pequenas em quase todos os estágios.

O fato é que esse tipo de estratégia terapêutica transfigurou a abordagem tradicional para a oncologia torácica, propiciando uma reavaliação da complexa dinâmica que interliga os mecanismos moleculares.

A compreensão do microambiente tumoral e das interações imune-tumor colaboram de maneira efetiva para que se possa conhecer os mecanismos adotados pelas células na evasão do sistema imunológico.

Diferente dos prognósticos sombrios que até então faziam parte por muitos anos na avaliação e tratamento dessa doença, hoje existe uma opção terapêutica promissora que traz esperança e grandes resultados.

No entanto, existem desafios a serem vencidos, onde ainda não se domina o perfil de segurança e as características pessoais de cada paciente, por isso a personalização do tratamento é indispensável para atender as necessidades específicas e individuais.

Essa abordagem personalizada exige um entendimento mais refinado sobre os mecanismos moleculares e celulares, então estratégias precisam ser desenvolvidas para prever e superar as resistências existentes nos tratamentos.

Também é preciso destacar que os riscos de efeitos colaterais existem. O sistema imunológico pode atacar as células saudáveis e, além disso, alguns pacientes não respondem positivamente à imunoterapia.

Por fim, trata-se de um tratamento com custos elevados, onde o seu uso ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), portanto, para ter acesso a gratuidade, torna-se necessário uma ação judicial por parte do portador da doença.

Como se observa, esse novo tratamento para o câncer de pulmão é uma possibilidade que abre novos horizontes no que se refere a abordagens terapêuticas, mas muitos estudos e pesquisas ainda precisam ser realizados para que se possa obter os resultados desejados por todos.

Para ajudá-lo a compreender mais sobre esse assunto, ouça o episódio do GBOTips intitulado: Devemos fazer imunoterapia sem NGS?

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