Vários Estudos científicos consolidaram o cigarro como principal fator de risco para o câncer de pulmão. A relação da doença com o fumo é pautada no fato do tabagismo ser um importante agente causal de doenças crônicas não transmissíveis, como problemas cardiovasculares, doenças respiratórias e, o mais grave, câncer de pulmão. A semana dedicada ao Dia Nacional da Saúde, celebrado em 5 de agosto, traz uma reflexão sobre a necessidade de cuidar de nós mesmos, para desfrutarmos de uma melhor qualidade de vida, preferencialmente, sem a influência nociva do cigarro.

Nesse sentido, dados do Ministério da Saúde relevam que uma pessoa que cessa o tabagismo antes dos 50 anos tem uma redução de 50% no risco de morte por doenças associadas ao tabagismo, como câncer, derrame e infarto do miocárdio, após 16 anos de abstinência. Consequentemente, o risco de No entanto, a preocupação é ainda maior com o câncer de pulmão em razão do cigarro industrial proporcionar o contato da fumaça do tabaco em todo o órgão. Neste artigo, você conhecerá mais sobre como o cigarro predispõe para o câncer de pulmão.

Cigarro e o risco para câncer de pulmão

Os dados revelam um cenário impressionante, antes do cigarro ser massivamente difundido na sociedade e se tornar o protagonista como risco para o câncer de pulmão, os casos da doença não eram tão frequentes e representavam entre 3% e 4% dos tumores malignos. A partir da década de 20, no entanto, o contexto mudou.

Especialistas no assunto acreditam que o cigarro é um fator de risco para câncer nos órgãos que têm contato com os carcinógenos presentes na fumaça do cigarro, que tem cerca de 66 substâncias tóxicas. Sendo assim, para quem fuma, os cânceres de boca, orofaringe, traqueia e de brônquios são os principais, além do pâncreas, bexiga e esôfago.

Entretanto, não se deve ignorar que estas substâncias nocivas presentes na fumaça terão acesso a todos os órgãos, sendo captadas pelo sangue em nível pulmonar e distribuídas para todo o corpo do fumante. Portanto, abandonar o cigarro é uma luta que pode e deve ser superada, mas com ajuda.

A nicotina é uma droga que pode levar à dependência química. Nesse sentido, quando o fumante decide parar de fumar, sofre com desconfortos físicos e psicológicos que trazem sofrimento, a exemplo da ansiedade. Por isso, a ajuda profissional é de suma importância para quem deseja largar o cigarro. Aliado ao auxílio, é importante encorajar a quem está passando pela dificuldade com a dependência do tabaco a abandonar o vício.

Cigarro e o risco para câncer de pulmão

Protagonista de risco 

A prevenção desses tipos de câncer acontece, sobretudo, com o abandono do tabagismo. Contudo, mesmo nas situações em que o paciente tem grande dificuldade de se livrar do vício, o médico recomenda uma espécie de monitoramento capaz de indicar doenças antes mesmo de se tornarem graves.

As campanhas para deixar de fumar são imprescindíveis. Nesse cenário, o exame de monitoramento pretende estabelecer um parâmetro para possíveis tratamentos precoces, auxiliando o paciente a compreender o seu estado de saúde. Para o tratamento, existem várias técnicas que vão desde a conscientização dos malefícios do cigarro, consultas, tratamentos com terapia nicotínica e não nicotínica, de ansiolíticos e antidepressivos, vareniciclina, terapia comportamental, entre outras.

A ciência ainda indica que fumantes ou pessoas que pararam a menos de 15 anos, entre 50 – 80 anos que consumiram o equivalente a um maço ou mais de cigarro diariamente no período 12,5 anos ou mais, precisam, anualmente, realizar uma tomografia computadorizada de tórax com baixa dose de radiação.

O câncer de pulmão é uma doença com elevado índice de letalidade por causa da rápida evolução, se comparado com outros tipos de câncer e pelo diagnóstico que, na maioria dos casos, acontece quando a doença já está em estágio avançado. A pandemia causada pelo novo coronavírus, provocou atrasos em consultas e realização de exames que, para o câncer de pulmão, pode significar chances bem menores de cura.

Riscos aos fumantes passivos

Quem convive com fumantes corre um sério risco de ser prejudicado ao inalar fumaça. Por isso, é de suma importância lembrar que fumantes ativos e passivos compartilham, na maior parte do tempo, ambientes fechados e os passivos ficam mais expostos aos componentes tóxicos emitidos pelo cigarro.

Assim, é necessário o reforço com ações direcionadas ao antifumo, bem como sensibilizar pessoas para os danos causados pelo consumo de tabaco. De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, são registradas mais de 1,2 milhão de não fumantes que perdem a vida por estarem expostos ao fumo passivo. Este fato reporta a necessidade de alertar, sinalizar a todos e não somente aos dependentes.

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Tabagismo no Brasil

Estatística sobre o tabagismo no Brasil

A OMS identifica o tabagismo como a principal causa de mortes em todo o mundo, considerado pelas autoridades de saúde como o grande vilão da qualidade de vida das populações. O consumo de tabaco causar doenças pulmonares como bronquite, enfisema, câncer de pulmão, doença coronariana (infarto e angina) e doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral), sendo responsável por mais de 7 milhões de óbitos ao redor do mundo.

No Brasil, cerca de 420 mortes são computadas diariamente por efeito do consumo do cigarro. Em todo o ano, são mais de 156.216 mortes que poderiam ter sido evitadas. Segundo dados do INCA, o maior peso é atribuído ao câncer, doença cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Das mortes anuais causadas pelo uso do tabaco: 34.999 mortes correspondem a doenças cardíacas; 31.120 mortes por DPOC; 26.651 por outros cânceres; 23.762 por câncer de pulmão; 17.972 mortes por tabagismo passivo; 10.900 por pneumonia; 10.812 por AVC (acidente vascular cerebral).

Em síntese, o tabagismo está associado às doenças crônicas não transmissíveis e é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras doenças como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

Gostou deste artigo? Esperamos que você tenha conhecido um pouco mais sobre como o cigarro protagoniza risco para câncer de pulmão.

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