O câncer de pulmão é o segundo mais comum no Brasil, ficando atrás somente do câncer de pele não-melanoma. Silencioso, o tumor relacionado principalmente ao uso frequente do cigarro é um dos que mais matam no mundo, exatamente por ser descoberto já em estágio avançado. Fumantes estão mais sujeitos a ele, mas não são os únicos alvos. Neste artigo, descobriremos mais sobre o câncer de pulmão e seus sintomas.

A princípio, as estimativas apontadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) atestaram o crescimento significativo da doença no Brasil, com um salto de 30 mil novos casos e 29 mil mortes pela doença em 2020.

Ainda segundo a entidade, a previsão anual é que até 2024 mais de 30 mil brasileiros sejam diagnosticados com tumores no pulmão. No mundo, é o mais frequente entre homens e o terceiro entre as mulheres, provocando 1,9 milhão de óbitos, o que o torna a principal causa de morte relacionada ao câncer.

No entanto, a doença tem cura, especialmente quando descoberta cedo, mas uma das principais dificuldades do enfrentamento é o fato de ser silenciosa.

Sintomas que apontam para o câncer de pulmão

cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão estejam associados ao tabagismo, incluindo o fumo passivo.

Primeiramente, estima-se que cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão estejam associados ao tabagismo, incluindo o fumo passivo, ou seja, a inalação da fumaça de derivados do tabaco, tais como: cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo, narguilé e outros produtores de fumaça, por indivíduos não fumantes. A incidência da doença até tem caído devido às medidas restritivas que estão diminuindo a quantidade de fumantes no mundo.

Contudo, a exposição constante a poluentes do ar e agentes químicos ou físicos (entre minérios radioativos e asbestos) também aumenta o risco desse tumor.  Mais raramente, histórico familiar e fatores genéticos influenciam no desenvolvimento.

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Tipos de câncer de pulmão

Registros históricos classificam o câncer de pulmão em dois importantes grupos: pequenas células e não pequenas células (CNPC), sendo o segundo tipo bem mais frequente (80% dos casos). Só que, hoje, se conhece tanto sobre os nódulos malignos que aparecem no órgão que essa divisão está caindo em desuso.

Os principais são o adenocarcinoma, responsável por 50% casos de CNPC, e o escamoso, flagrado em cerca de 20 a 30% dos diagnósticos.

E mesmo entre esses grupos existem mais divisões, a exemplo do adenocarcinoma, em que são conhecidos diferentes perfis de mutações genéticas nas células que levam ao crescimento do tumor, sendo possível interferir em sua atividade com medicamentos.

Desse modo, alterações no gene EGRF (fator de crescimento endotelial) são as mais comuns, seguidas por mudanças nos genes ALK , MET, HER2, K-RAS, BRAF e RET.

Diagnóstico: sintomas e rastreamento

Tosse persistente, acompanhada ou não de sangue, dor no peito, rouquidão, perda de peso, cansaço e falta de ar são alguns dos sintomas que apontam para a doença.

Tosse persistente, acompanhada ou não de sangue, dor no peito, rouquidão, perda de peso, cansaço e falta de ar são alguns dos sintomas que apontam para a doença.

Entretanto, esses sinais característicos da existência do câncer de pulmão costumam surgir quando o tumor já está avançado. Por isso, assim que aparecerem, especialmente em fumantes, a recomendação é procurar o médico.

Raios-x e tomografias de tórax são os primeiros exames solicitados, seguidos por outros, como o PET-CT e a biópsia (hoje existe ainda a biópsia líquida). Em contrapartida, o Inca não recomenda rastreamento populacional do câncer de pulmão, pelos riscos inerentes à investigação de casos positivos, que podem superar o benefício do rastreio, mas o tema é ainda alvo de debate.

Dessa forma, o diagnóstico precoce é o melhor caminho para aumentar as chances de sobrevivência, mesmo com a evolução do tratamento do câncer de pulmão.

A partir do diagnóstico inicial, é feito um mapeamento do corpo para verificar se há metástases em outros órgãos e, especialmente, no mediastino, uma estrutura que fica próxima aos pulmões.

Se o tumor estiver em fase inicial, e localizado apenas no pulmão, o tratamento de escolha costuma ser a cirurgia para retirá-lo ou, como alternativa, a radiocirurgia, que é uma radioterapia muito direcionada.

A imunoterapia tem alterado os rumos do tratamento do câncer de pulmão e outros tumores.  Isso se deve aos remédios integrantes dessa classe, alguns já disponíveis no Brasil, que diminuem o risco de recidivas.

Assim, em situação de metástase, o caminho depende do tipo de tumor. Para alguns, a quimioterapia responde melhor ao paciente, para outros especialistas no assunto o ideal é adotar somente a imunoterapia. É nessa fase que costumam ser feitos os testes genéticos em busca de mutações que justifiquem o uso de terapias-alvo, capazes de inibir os oncogenes.

No cenário mais raro e agressivo como o câncer de pequenas células, existem poucos quimioterápicos eficazes, e eles não costumam agir tão bem. Esse ainda é um campo a ser explorado pela medicina. Outro aspecto a ser resolvido consiste na dificuldade do acesso a bons tratamentos e a espera lenta no diagnóstico, que ainda dificultam a jornada da pessoa com câncer de pulmão em direção à cura.

Gostou deste artigo? Esperamos que você tenha conhecido um pouco mais sobre o Câncer de pulmão e seus sintomas.

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