O câncer de pulmão tem sido um campo pioneiro no desenvolvimento de terapias-alvo direcionadas, e nos últimos 20 anos, testemunhamos uma série de avanços que transformaram radicalmente o cenário de tratamento desse tipo de tumor. A introdução da terapia-alvo não apenas revolucionou a abordagem terapêutica, mas também melhorou significativamente a qualidade de vida dos pacientes, oferecendo alternativas mais eficazes e menos agressivas em comparação com tratamentos convencionais.

Nesse sentido, uma das principais vantagens das terapias-alvo é evitar tratamentos pouco eficientes e mais tóxicos para os pacientes. Portanto, ao direcionar agentes terapêuticos para características específicas das células tumorais, como mutações genéticas ou alterações moleculares, as terapias-alvo podem ser mais eficazes, minimizando danos às células saudáveis.

Impacto da Terapia-Alvo na Qualidade de Vida

Por outro lado, para pacientes que não são elegíveis para o tratamento com terapias-alvo, ou seja, aqueles sem mutações específicas, a imunoterapia emerge como uma importante opção terapêutica. A imunoterapia ativa o sistema imunológico do paciente para destruir células cancerígenas, sendo uma abordagem mais direcionada e menos tóxica que tratamentos convencionais.

No entanto, a eficácia da terapia-alvo e da imunoterapia depende da identificação precisa das alterações genéticas e moleculares presentes no tumor de cada paciente. É aqui que entram os exames imuno-histoquímicos e moleculares, que desempenham um papel fundamental na determinação do melhor curso de tratamento. O diagnóstico molecular, especialmente através do sequenciamento genético (NGS), é essencial para identificar mutações específicas e orientar a escolha da terapia-alvo ideal.

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Vantagens do NGS sobre outras Técnicas de Diagnóstico

O NGS supera outras técnicas, como a PCR, identificando até 50% mais mutações, incluindo as raras e fusões, como mostram estudos científicos previamente publicados. Possibilita também testes multiplex, avaliando diversas alterações genéticas simultaneamente, maximizando a eficiência do diagnóstico e o uso de amostras de pacientes, frequentemente limitadas.

Em resumo, a utilização da terapia-alvo no tratamento do câncer de pulmão representa um marco significativo na história do cuidado oncológico. Os avanços no tratamento de alterações genéticas oferecem opções terapêuticas mais eficazes e menos invasivas, trazendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes.