Ex-fumantes e doenças cardiovasculares

Redação GBOT

20 de dezembro de 2024

08:00

Parar de fumar é uma decisão difícil, mas fundamental para preservar a saúde. No entanto, muitos ex-fumantes ainda enfrentam riscos elevados de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e derrame cerebral, mesmo após abandonarem o vício. Este cenário ocorre devido aos danos acumulados pelo tabagismo ao longo dos anos, que deixam marcas no organismo, especialmente no sistema cardiovascular.

Os efeitos do cigarro no Sistema Cardiovascular

O tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Quando alguém fuma, substâncias tóxicas presentes no cigarro, como nicotina e monóxido de carbono, entram na corrente sanguínea, provocando uma série de reações no corpo. Essas substâncias aumentam a pressão arterial, o colesterol ruim (LDL) e os níveis de açúcar no sangue, o que, por sua vez, contribui para o endurecimento das artérias (arteriosclerose) e o aumento do risco de infartos, derrames e insuficiência cardíaca.

Ex-fumantes e doenças cardiovasculares
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Por que os riscos de doenças cardiovasculares permanecem para ex-fumantes?

O cigarro contém substâncias que danificam os vasos sanguíneos, elevam a pressão arterial e aumentam os níveis de colesterol ruim (LDL). Dessa forma, mesmo depois de parar de fumar, o corpo precisa de tempo para se regenerar, e em alguns casos, as lesões podem ser irreversíveis. Além disso, o tabagismo acelera a formação de placas de gordura nas artérias, aumentando a chance de obstruções que causam infartos e AVCs.

O que fazer para se proteger o coração dos danos causados pelo cigarro?

Embora os riscos existam, há estratégias assertivas para proteger seu coração:

  1. Priorize alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes, grãos integrais e gorduras boas (presentes no azeite e nos peixes).
  2. Movimente-se regularmente. Atividades como caminhar, pedalar ou nadar fortalecem o coração e melhoram a circulação.
  3. Visitas regulares ao cardiologista ajudam a monitorar a saúde do coração e identificar precocemente qualquer sinal de alerta.
  4. Monitore e controle condições como hipertensão, colesterol alto e diabetes.
  5. Técnicas como meditação, yoga e respiração profunda auxiliam no equilíbrio emocional, impactando positivamente a saúde cardiovascular.

Entretanto, no Brasil, a proibição da publicidade de cigarros e as políticas antitabaco ajudaram a reduzir o número de fumantes e desconstruir a imagem glamorosa associada ao cigarro. Apesar disso, o alerta continua: o tabagismo ainda é responsável por 38% das mortes por infarto em pessoas jovens (30 a 44 anos), evidenciando a consequência devastadora do cigarro na saúde pública.

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Embora o risco de doenças cardiovasculares em ex-fumantes seja mais alto do que em pessoas que nunca fumaram, a decisão de parar de fumar ainda é uma das mais importantes para a proteção do coração. Logo, adotar hábitos saudáveis, realizar o monitoramento constante da saúde e buscar por um estilo de vida equilibrado contribuem para a diminuição dos riscos de desenvolver doenças do coração, melhorando a qualidade de vida.

Então, parar de fumar é a primeira decisão para uma vida mais longa e saudável. Apesar dos desafios e dos riscos persistentes, entender a necessidade de assumir um estilo de vida equilibrado e procurar acompanhamento médico pode transformar o futuro de ex-fumantes, garantindo uma qualidade de vida plena e longeva. Afinal, cada novo dia é uma oportunidade de celebrar os prazeres simples e preciosos da vida, sem a presença amarga do cigarro.

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