Uma alimentação saudável é de fundamental importância para prevenir doenças, segundo diversos estudos científicos já demonstraram. Apesar disso, em razão de inúmeros fatores, boa parte da população mundial deixa de adotar uma dieta balanceada e nutritiva, o que compromete a saúde do organismo.

Mas o que é considerado, de fato, uma alimentação saudável? De acordo com o Guia Alimentar Para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, “uma alimentação saudável deve ser baseada em práticas alimentares que assumam a significação social e cultural dos alimentos como fundamento básico conceitual”.

Com base nisso, os nutricionistas consideram imprescindível resgatar essas práticas, além de incentivar a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais (legumes, verduras e frutas), sempre considerando os fatores comportamentais e afetivos referentes às práticas alimentares.

Alimentação saudável para prevenir doenças

De acordo com os nutricionistas, uma alimentação saudável que ajuda a prevenir doenças é formada por vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos, gorduras e fibras, os quais devem compor uma dieta variada, que agregue todos os tipos de alimentos – sem exageros e exclusões.

Ao longo da vida, as necessidades nutricionais de cada pessoa sofrem modificações conforme fatores como metabolismo, estilo de vida e idade. Para que o indivíduo consiga suprir suas demandas nutricionais, ele precisa realizar a combinação de diversos tipos de alimentos, uma vez que alguns nutrientes estão mais concentrados em um determinando grupo do que em outro.

Relação alimentação x prevenção

E qual é a relação entre uma alimentação saudável e a prevenção de doenças? O nosso organismo conta com defesas naturais capazes de impedir a infecção por patógenos nocivos, que representam riscos à saúde humana. Nesse sentido, há algumas formas de tornar essas salvaguardas mais fortalecidas.

Implementar uma alimentação saudável, manter uma rotina de sono regular, praticar exercícios físicos, ingerir água frequentemente, evitar o estresse, bebidas alcóolicas e o hábito de fumar são as principais medidas para à prevenção de doenças.

café da manhã saudável
Alimentação saudável contribui, consideravelmente, para à prevenção de doenças/Foto: Food Photographer | Jennifer Pallian/Unsplash

Formas de preparo

Talvez você não saiba, mas muitos componentes da alimentação humana são relacionados ao desenvolvimento de doenças cardíacas, obesidade, diabetes, câncer e outras enfermidades crônicas como hipertensão e dislipidemia. Daí a importância de consumir, com moderação, alimentos ricos em gorduras e açúcares simples.

Você sabia que a forma de preparo do alimento também influencia no risco de doenças? Segundo a nutricionista Michele Cavedon, fritar ou preparar alimentos na brasa e em temperaturas muito elevadas pode favorecer o surgimento de compostos que aumentam o risco de câncer de estômago, por exemplo. Por esse motivo, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas como vapor, fervura, ensopados, cozidos ou assados são escolhas mais saudáveis.

Desembalar menos, descascar mais

Uma das principais orientações dos especialistas nessa área é desembalar menos e descascar mais. O que isso significa? Geralmente, os alimentos que vêm embalados são aqueles ultraprocessados pela indústria, e que podem influenciar o surgimento de doenças ou mesmo agravá-las. Entre eles estão, por exemplo, as carnes processadas e as bebidas açucaradas.

Por sua vez, os alimentos que têm casca, como verduras, frutas, legumes, tubérculos, oleaginosas e ovos, então entre os itens que podem ser incluídos como a base de uma alimentação saudável, balanceada e capaz de prevenir doenças.

mulher cozinhando comidas saudáveis
Especialistas em nutrição recomendam desembalar menos e descascar mais/Foto: Jason Briscoe/Unsplash

O “Guia Alimentar – como ter uma alimentação saudável,  do Ministério da Saúde, recomenda nove dicas para pessoas com mais de 60 anos:

  1. Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições;
  2. Inclua diariamente 6 porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo pães e mas­sas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimen­tos naturais;
  3. Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches;
  4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde;
  5. Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis!;
  6. Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou marga­rina. Fique atento aos rótulos dos alimen­tos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans;
  7. Evite refrigerantes e sucos industrializa­dos, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação;
  8. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, sal­sicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos;
  9. Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.

Muito importante: consulte um(a) nutricionista para identificar as reais necessidades do seu organismo em relação à alimentação.