Entender o papel da radioterapia no tratamento do câncer de pulmão é imprescindível para o paciente que enfrenta o processo da doença. Ainda existem muitas pessoas que realizam o tratamento, mas confundem radiação, ou radioterapia, com queimadura. A radiação ionizante (raios X ou partículas), que integra o tratamento radioterápico destrói ou inibe o crescimento das células anormais que geram o tumor. Dessa forma, a radiação é usada para tratamento de tumores por ter uma absorção seletiva dos raios, sobretudo, se comparada com os tecidos sadios. Em outras palavras, quando se irradia um tumor, a absorção é maior nas células tumorais e menor nos tecidos saudáveis. No decorrer deste artigo, falaremos sobre a relação entre a radioterapia e o câncer.

Antes de mais nada, a depender do local irradiado e da dose administrada, o paciente pode sentir fadiga, náuseas e vômitos, perda de apetite e, consequentemente, de peso, alterações na pele na área tratada, tais como: vermelhidão e descamação e tantos outros efeitos colaterais decorrentes da radioterapia. Contudo, isto consegue ser mitigado com medidas de suporte realizadas pela equipe multidisciplinar que acompanha o paciente.

Em contrapartida, apesar dos efeitos colaterais, tende a ocorrer melhora dos sintomas adversos logo após o término do tratamento, embora os pacientes possam manter as reações associadas até dois meses após o fim da radioterapia. As manifestações podem ser intensas quando a radiação é aplicada em conjunto com a quimioterapia. A despeito disto, trata-se de um tratamento seguro, eficaz e que compõe uma importante arma no arsenal terapêutico.

Benefícios da radioterapia para o câncer de pulmão

Qual a interferência da radioterapia no tratamento do câncer? A conduta administrada dependerá do estágio do câncer de pulmão de não pequenas células e de outros fatores:

  1. Tratamento principal – O tamanho e a localização do tumor impedem a retirada cirurgicamente.
  2. Após a cirurgia – o objetivo é destruir as células remanescentes da cirurgia.
  3. Antes da cirurgia – para reduzir o tamanho do tumor, facilitando a remoção cirúrgica.
  4. Tratamento de metástases – tratar a disseminação da doença, tais como: cérebro ou osso.
  5. Tratamento paliativo – alívio dos sintomas causados pelo câncer de pulmão em estágio avançado, a exemplos de dor, dificuldade para deglutir, sangramento e problemas em decorrência de metástases cerebrais.

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Tipos de radioterapia no combate ao câncer

Radioterapia com feixes externos

Primordialmente, esse procedimento consiste na liberação de uma dose específica de radiação em um alvo por um determinado período de tempo.

Todavia, a conduta é similar a uma radiografia. De antemão, o procedimento em si não dói. A sessão é rápida e consome alguns minutos do paciente, que precisa tratar o câncer de pulmão de não pequenas células e quando disseminado para outros órgãos.

Logo, as técnicas de radioterapia com feixes externos mais modernas possibilitam um tratamento mais preciso, com menor exposição dos tecidos saudáveis próximos às radiações.

Braquiterapia

A braquiterapia é para reduzir tumores e aliviar sintomas causados pelo câncer de pulmão de não pequenas células localizadas em uma das vias aéreas. Nessa conduta, o médico implanta uma pequena fonte de material radioativo, em forma de semente, diretamente sob o tumor.

Radioterapia Estereotática

Esse tratamento é semelhante a radioterapia por feixes externos, contudo, com técnicas mais avançadas que conseguem focar a radiação com muito alta dose em uma área determinada.

A despeito do receio que muitas pessoas apresentam com a radioterapia, ressaltamos que se utilizada de forma correta e adequada é um tratamento fundamental, que consegue levar a ótimos resultados e com efeitos colaterais controláveis.

Fonte: informações adaptadas do Instituto Oncoguia.