Tabagismo passivo é a junção da fumaça proveniente da queima de um produto que contenha tabaco com a fumaça que é exalada por tabagistas

A American Lung Association estima que o fumo passivo é responsável por mais de 40.000 mortes anualmente.

Mesmo que a exposição à fumaça não tenha grande duração, ela ainda pode desencadear um ataque cardíaco ou a exacerbação de doenças pré-existentes. Além disso, a exposição ao fumo passivo provoca diversas doenças e morte prematura em crianças e adultos não fumantes. (Dados retirados do Instituto Oncoguia)

Muitas informações compartilhadas sobre o tabagismo passivo são equivocadas, e é por este motivo que vamos desmistificar algumas dessas crenças:

– 1. O fumo passivo pode causar câncer nos pulmões, mas não influencia outras partes do corpo

Há evidências crescentes de que o tabagismo passivo pode aumentar, entre pessoas que não fumam, o risco de alguns cânceres, como, por exemplo: do seio nasal, garganta, laringe e mamas. Além disso, influencia os sintomas respiratórios de longo e curto prazo, perda de função nos pulmões e doença pulmonar obstrutiva crônica.

De acordo com o artigo “Cigarette Smoke Alters Respiratory Syncytial Virus–Induced Apoptosis and Replication” (“A fumaça do cigarro altera a Apoptose e replicação induzidas pelo Vírus Sincicial Respiratório”), o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode ser causado pela exposição à fumaça do cigarro.

Os autores da publicação explicaram que, diferentemente da Necrose, na qual as células morrem por causa de lesões, a Apoptose é mais como a morte programada das células potencialmente cancerosas ou infectadas por vírus. A fumaça do cigarro causa a necrose, impede o descarte das “células ruins” e está associada ao aumento da inflamação no corpo.

– 2. Se eu restringir o cigarro a apenas um cômodo da casa, as outras pessoas estarão seguras

A limitação de espaço para os tabagistas deveria impedir que a fumaça chegasse até as pessoas que não fumam, certo? E quanto às filtragens do ar ou abertura de janelas? A verdade é que esses métodos não são eficazes, e é por esse motivo nenhum espaço dentro de casa deve ter fumaça.

Limitar o cigarro a um ou dois quartos é uma medida ineficiente: a fumaça do tabaco pode facilmente passar pelo resto da casa através de frestas e janelas. Certifique-se de que os visitantes da sua casa fumem cigarros ao ar livre.

– Não fume no carro: mesmo que as janelas estejam abertas, os outros ocupantes ainda estarão expostos à fumaça do tabaco;
– Não se permita fumar em qualquer espaço fechado de convivência com outras pessoas – por exemplo, na garagem, salão de festas do prédio, elevadores e pátio;
– Certifique-se de que todas as pessoas próximas aos seus filhos mantenham um ambiente sem fumo.

3. A fumaça não afeta a saúde do feto

Futuros pais que expõem suas parceiras grávidas à fumaça do tabaco, estão colocando seus bebês em risco de defeitos cardíacos, segundo estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology.

Estes mesmos estudos mostraram que existem vários produtos químicos tóxicos nos cigarros afetando a saúde de um feto, com substâncias nocivas, que afetam o crescimento normal e desenvolvimento do bebê. Além disso, o tabagismo passivo aumenta o risco de a criança nascer prematura, natimorta ou com outras deficiências.

Os problemas cardíacos congênitos são a principal causa de morte fetal. Eles também afetam 8 em cada mil bebês nascidos em todo o mundo. Embora a qualidade dos tratamentos tenha evoluído muitas dessas complicações podem durar a vida toda.

A natimortalidade (quando o feto morre durante a segunda metade da gravidez) é 23% mais comum entre as mulheres que convivem com fumantes.

Pessoas com problemas respiratórios, crianças, mulheres grávidas, idosos e animais também são muito vulneráveis.

Não há nível seguro de fumo passivo; mesmo em casos de pouca convivência com tabagistas, inalar a fumaça é prejudicial.