Estudos associam tabagismo ao aumento da gordura abdominal entre jovens
- Redação GBOT
- 13 de março de 2019
Muitas pessoas ainda acreditam que o cigarro contribui para a perda de peso, mas isso não é verdade. Estudos apontam que tabagistas acumulam mais gordura abdominal do que aqueles que não fazem uso da substância
O cigarro compromete a percepção de sabor dos alimentos açucarados e gordurosos, atrasando a sensação de saciedade no consumo dessas substâncias.
Desse modo, é criada uma bola de neve, já que a obesidade e o excesso de gordura causam diversas doenças, como diabetes e câncer, além de transtornos cardiovasculares.
Adolescentes e o cigarro
Os adolescentes que fumam, seja por hábito ou vício, têm mais tendência a beber em excesso, segundo a OMS (Organização mundial de saúde).
O tabaco ainda é responsável por mais de 7 milhões de mortes anuais por causar diversas doenças.
Esses adolescentes conseguem comprar cigarros, mesmo sendo menores de idade. A grande contradição é que eles demonstram ter mais consciência sobre o problema do que os jovens que viveram a mesma situação, só que há 10 anos atrás.
Segundo publicação da revista Obesity Research e realizada no Departamento de Saúde Pública e Cuidados Primários da Universidade de Cambridge, os tabagistas têm mais gordura no corpo do que as pessoas que largaram o cigarro.
Gordura abdominal
Um estudo publicado na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, realizado em 38.813 indivíduos entre 15 e 17 anos, indicou maior prevalência de obesidade abdominal em adolescentes que consumiram mais de 1 cigarro por dia, em uma comparação com os não fumantes.
Para chegar a essa conclusão, foi necessário realizar a Razão de Prevalência (RP) da obesidade abdominal dos não tabagistas, ajustando variáveis sociodemográficas e de estilo de vida.
“Apenas 3,1% dos meninos não fumantes consomem uma ou mais doses de álcool diariamente, contra 28,9% dos que fumam pelo menos um cigarro por dia, em média. Entre as meninas, 31,2% das fumantes consomem uma ou mais doses de bebidas alcóolicas, em média, por dia.”, informou publicação realizada por participantes do INCA (Instituto Nacional de Combate ao Câncer).
Os jovens estão adquirindo hábitos destrutivos cada vez mais cedo, seja devido ao tabagismo, o consumo de álcool em excesso, ou alimentação gordurosa constante. Unindo os fatores de risco mencionados ao sedentarismo de grande parte desses adolescentes, podemos ver a construção de problemas de saúde, no presente e, principalmente, no futuro.