Quais são os principais tipos de tratamento para o câncer de pulmão? Muitas pessoas ainda costumam ter esta dúvida, principalmente quando falamos de pacientes que, recentemente, foram diagnosticados com a doença.

Depois do diagnóstico histológico e estadiamento da doença, o médico passa a discutir com o paciente qual é o tipo de tratamento mais indicado para o câncer de pulmão. Em algumas situações é possível até mesmo combinar mais de uma modalidade para este fim.

Em linhas gerais, um dos primeiros passos é a definição quanto a possibilidade de o câncer estar localizado apenas no pulmão ou se há focos da doença em outros órgãos. O tratamento pode envolver, por exemplo, cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, e/ou modalidades combinadas.

Nesse sentido, saber identificar os benefícios de cada opção de tratamento para o câncer de pulmão, com o objetivo de combater os possíveis efeitos colaterais e riscos, é de fundamental importância.

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Tipos de tratamento para cada caso de câncer de pulmão

  • Pacientes com doença localizada (sem linfonodo aumentado no mediastino): tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia.
  • Pacientes com doença localizada no pulmão e nos linfonodos: tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo.
  • Pacientes que apresentam metástase à distância: tratamento com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo.
médico consultando paciente
Saber identificar os benefícios de cada opção de tratamento para o câncer de pulmão, com o objetivo de combater os possíveis efeitos colaterais e riscos, é de fundamental importância/Foto: National Cancer Institute/Unsplash

Conheça os principais tipos de tratamento para o câncer de pulmão de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer):

Cirurgia:

Consiste na retirada do tumor (com uma margem de segurança) e dos linfonodos situados nas proximidades do pulmão e localizados no mediastino. Estima-se que 20% dos casos sejam passíveis de tratamento cirúrgico, todavia, na grande maioria (80% a 90%) a cirurgia torna-se inviável em razão do estágio avançado da doença ou à condição clínica debilitada do paciente.

Quimioterapia:

Tem como objetivo extinguir as células cancerígenas, bem como diminuir o crescimento do tumor ou, ainda, tornar os sintomas da doença mais amenos. Às vezes, é intolerada por alguns pacientes devido aos efeitos colaterais indesejáveis que pode provocar.

Radioterapia:

Faz uso da radiação para destruir as células cancerígenas. Sua utilização é possível tanto antes como depois da cirurgia. A exemplo da quimioterapia, também pode culminar em uma série de efeitos colaterais, tais como esofagite e pneumonite.

Terapia-Alvo:

Uma das mais recentes formas de tratamento, é utilizada em pacientes nos quais o tumor tenha características genéticas (moleculares) específicas. Tais medicamentos têm sido recomendados para casos avançados.  Atualmente, novos estudos estão sendo feitos a fim de melhor selecionar o grupo de pacientes mais indicado para receber a terapia-alvo.

Segmentectomia e ressecção em cunha:

Retira uma parte pequena do pulmão (somente o segmento ou parte do segmento que envolve o tumor), reservada para pacientes com tumores pequenos e que não suportam cirurgias maiores por apresentarem idade ou condições clínicas e/ou respiratórias limitadas.

Lobectomia:

Retira todo o grupo de segmentos, mais conhecido como “lobo pulmonar”, onde o tumor encontra-se localizado. Tem a capacidade de remover toda a doença de forma anatômica.

Pneumectomia:

Quando se retira um pulmão inteiro (suas indicações são limitadas e restritas). Procedimento com morbidade maior e não tolerado por alguns pacientes.

médica pronta para atendimento
Caso você esteja apresentando algum sinal ou sintoma relacionado ao câncer de pulmão, consulte um médico assim que possível/Foto: JESHOOTS.COM/Unsplash

Rastreamento e biópsia

O rastreamento do câncer de pulmão é capaz de diagnosticar alguns tipos da doença. Entretanto, a maioria é identificada por conta dos sintomas e sinais. A biópsia, na maior parte dos casos, é a única forma de se fazer o diagnóstico definitivo.

Você sabia?

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão são de não pequenas células, que é caracterizado pela mutação e pelo desenvolvimento lento e desordenado das células epiteliais.

Este tipo de tumor pode afetar desde a traqueia até a periferia do pulmão. Os subtipos mais comuns de câncer de pulmão de não pequenas células são: adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas (epidermoide) e carcinoma de grandes células.

Já o câncer de pulmão de pequenas células, por sua vez, tende a se desenvolver e se disseminar mais rapidamente que o câncer de pulmão de não pequenas células. Cerca de 70% dos pacientes com câncer de pulmão de pequenas células terão metástases no momento do diagnóstico.

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Como esse câncer cresce rapidamente, tende a responder bem à quimioterapia e a radioterapia. No entanto, a maioria dos pacientes terá recidiva (reaparecimento) da doença em algum momento.

Caso você esteja apresentando algum sinal ou sintoma relacionado ao câncer de pulmão, consulte um médico assim que possível.